Pandemia acelera crescimento do mercado do streaming e estimula concorrência no setor
O consumo de conteúdo por meio de plataformas como Netflix, Globoplay e Amazon Prime cresceu de forma expressiva desde o início da pandemia; com o crescimento da competitividade, o setor deve seguir evoluindo e se reinventando

Não é de hoje que o mercado do entretenimento está se transformando. A forma como consumimos filmes, seriados e músicas já é totalmente diferente da que era experimentada há dez anos. Hoje, pensar em CDs e DVDs já traz até certa nostalgia. O presente é do streaming.
Desde o início da pandemia do novo coronavírus, devido às medidas de isolamento social e, consequentemente, o maior tempo gasto dentro de casa, essas plataformas cresceram ainda mais. Segundo estudo da Kantar Ibope Media, divulgado em agosto de 2020, 98% dos usuários de internet no Brasil consomem algum tipo de conteúdo via streaming de áudio ou vídeo. Destes, 73% deles afirmam que esse consumo aumentou durante a crise sanitária.
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Perspectivas para o futuro da defesa do consumidor
“O consumo de conteúdo (seja de filmes, séries, músicas, livros) continuará sofrendo uma digitalização enorme que muito tem a ver com a customização de consumo. De consumir exatamente aquilo que a pessoa quer, na hora que ela quer, da maneira que ela quer. E as plataformas de streaming resolvem esse problema”, explica Ricardo Kurtz, administrador especialista em streaming e entretenimento, com larga trajetória na área de Comunicação e Marketing, branding e consumer experience.
O futuro do Streaming
Segundo Kurtz, o mercado de streaming seguirá evoluindo e, naturalmente, a concorrência aumentará. O especialista diz que, futuramente, as plataformas terão que tornar seus conteúdos cada vez mais customizados.
“Atualmente, o streaming flexibiliza a forma de consumo, mas enrijece o conteúdo já que é a empresa quem define qual tipo de conteúdo quer disponibilizar. Dessa forma, o consumidor acaba tendo que escolher a opção que melhor se adequa às suas prioridades.”
De acordo com o especialista, ao passo que os conteúdos se tornam cada vez mais personalizados, o diferencial de cada forma passará a ser o serviço oferecido, e não mais o catálogo.
“Quem entregar a melhor experiência ao cliente, vai se sobressair. Outra possibilidade é que cada plataforma adote um nicho específico, com especialização em conteúdo para crianças, esportes, turismo, e por aí vai”, acredita.